terça-feira, 8 de setembro de 2009

Viagem de Trem

Viagem de Trem
Estava ouvindo à rádio Band News FM, em viagem ao trabalho. Olhava apenas para o chão, bem atento as notícias do dia; já que eu não havia comprado o jornal. Estava cansado, porque a noite anterior foi para mim muito pesada; devido ao longo tempo que fiquei a escrever meu segundo livro.
Vinha eu no primeiro vagão do trem, como faço todos os dias pelas manhãs, quieto como sempre. Ao contrário de mim, um pequeno grupo pessoas que embarcavam na estação Costa Barros, adentravam eufóricas; procurando um pequeno espaço para iniciar a jogatina de baralhos.


Para me distrair um pouco, puxei meu aparelho celular do bolso; é um aparelho Nokia N95, que me permite fazer muitas coisas, além de uma simples ligação; como por exemplo: navegar na internet, jogar e ler; escolhi a última opção. Fazia uma pequena revisão gramatical em um dos meus escritos, para mais tarde corrigir; assim que eu retornasse a minha casa. Via falhas simples de concordâncias e artigos; devido o meu excesso extremo de inspiração; que me induz ao erro.



Quando o trem para na estação de Barros Filho, uma linda mulher entra de maneira angelical, tirando-me a atenção por completo. Fiquei contaminado pela beleza e perfeição dela. Era uma mulher madura de mais ou menos uns trinta e oito ou quarenta anos; de uma beleza absurdamente exagerada, muito além do extremo. Ela estava com calças e camisas pretas, cabelos soltos, olhos castanhos, boca pintada de morango, rosto fofo, seios bem arredondados e um sorriso lindíssimo.


Entre os seus sublimes e perfeitos seios, um belíssimo colar azul, que se acomodava naquele local puro e quente; que balançava com os movimentos bruscos do trem que estava em alta velocidade. Carregava um livro bem grosso no braço esquerdo, que estava encolhido apoiado aos seios; que se avolumavam ainda mais com tanta pressão. O exemplar era de uma autora estrangeira, Sthephanie Meyer, cujo o título: “O Amanhecer”. Queria eu perguntá-la sobre o livro, mas, fiquei tão fascinado pela beleza dela, que não conseguia proferir as palavras.
Ela já sabia que estava sendo observada por mim, e me olhava discretamente; com um belíssimo sorriso. Com o tremular frenético do trem, seus seios vibravam enlouquecidos; deixando-a ainda mais sexy. A cada estação que passava, olhava preocupada, com medo de ir mais adiante.


Parei de olhá-la por alguns instantes.
Agora estava de cabeça baixa, revisando novamente meus escritos, mas, para minha surpresa, percebi que também era observado por ela. Olhava-me curiosa, não sei se era pelo meu jeito simples ou se era porque eu lia minhas próprias obras no meu aparelho celular; senti-me realizado. Talvez ela possa ter tido a mesma curiosidade que eu tinha, saber o que eu estava lendo; continuei de cabeça baixa, só para ela não tirar os olhos de mim.


Em alguns momentos, vi diversas vezes sua barriguinha bem cuidada, lisa e perfeita! Não tinha tatuagens, apenas brincos não muitos grandes e um corpo puro e delicioso. Levantou algumas vezes a blusa, parecendo mostrar-me todo seu charme, olhei-a diversas vezes enlouquecido. Não era uma mulher má, era apenas um anjo que me encantava, tirava-me todas as coisas tristes naquele momento angelicalmente sublime!


Queria eu tocá-la, beijá-la como nunca havia beijado outra mulher; mas não podia.
Quando ela enfim se preparava para descer, percebi que o meu dia já acabava antes mesmo de começar, com o adeus dessa linda mulher. Surpreendentemente, olha para mim e pergunta:

-Esta porta está abrindo moço?

-Está sim senhora – respondi alegremente.

-Obrigada!

-De nada – respondi com sorriso inédito.


Agora estava mais próxima de mim. Conseguia inalar facilmente o seu perfume, olhava cada detalhe do seu corpo, o pesco com o colar azul, a barriguinha perfeita e os seus seios fantasticamente perfeitos!


Sentia o calor de uma de suas mãos, que segurava o mesmo eixo de apoio que eu. Passeava carinhosamente seus dedos nos meus, afagando-me com seu charme.
Enfim chega a estação de Del Castilho, e ela antes de descer...


-Tchau meu bem.

-Tchau! Um ótimo dia para senhora.


Pronto!


Ganhei o dia graças a essa bela mulher, que foi capaz de seduzir somente com a sua beleza.


No dia seguinte voltei no mesmo horário, só para tentar reencontrá-la, não a encontrei. Foi assim nos outros dias, e continua sendo assim até hoje. Graças a minha timidez, perdi a oportunidade de conhecer o amor daquela mulher, que me fez conhecê-lo naquele dia; numa simples viagem de trem...


Encerrado em 11 de agosto de 2009.
Escrito por: Sanderson Vaz Dutra.

Um comentário:

Anônimo disse...

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